
A pandemia Covid-19, além de afetar a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, afetou significativamente as economias.
Nesse contexto, as empresas foram obrigadas a reconfigurar os seus processos, reavaliar as suas prioridades e acelerar a transformação digital, levando os líderes a enfrentar desafios avassaladores e a mudar os seus estilos de liderança, considerando aspetos como:
A liderança empresarial baseada no medo nunca funcionou, muito menos num contexto de pandemia em que os colaboradores estão preocupados com a possibilidade de perder os seus empregos ou de ver afetada a sua saúde ou a de familiares e amigos. Neste momento, o foco está no respeito e em colocar as pessoas em primeiro lugar, dando prioridade às suas necessidades e fazendo com que se sintam compreendidas e apoiadas. Esta abordagem dá origem a colaboradores mais produtivos e dispostos a permanecer nas empresas, possibilitando a formação de equipas sólidas que levarão a cabo estratégias e desafios de longo prazo.
Segundo a Eurofound - Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho - se antes da pandemia 16% dos espanhóis trabalhavam em casa, hoje esse número chega a 32,2%. Portanto, os líderes precisam promover a comunicação, a colaboração e o trabalho em equipa mais do que nunca.
Antes da pandemia, o mundo do trabalho já vivia um processo de globalização. Contudo, o trabalho remoto veio reforçar ainda mais essa tendência, pois muitas empresas perceberam que podem encontrar os melhores talentos em qualquer localização e geri-los por meio de ferramentas tecnológicas. Isto resulta numa abordagem mais global, não condicionada pelos limites geográficos e que permite construir equipas interdisciplinares muito produtivas e adaptáveis a situações de constantes mutações.
Dada a incerteza do mercado atual, é fundamental que os líderes fortaleçam a sua resiliência. Devem estar preparados para retificar o rumo frequentemente à medida que as circunstâncias mudam. Além disso, é importante que reforcem as competências essenciais para uma liderança eficaz: empatia, transparência, capacidade de inovação e autonomia, dando às diferentes equipas maior liberdade para estabelecer fluxos de trabalho mais ágeis e eficientes.